"Assim pois, todo aquele que, dentre vós, não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo" (Lc 14:33)
Que, pois, darei eu ao Senhor por todos os Seus benefícios? Foi esta a pergunta que o salmista fez ao se deparar com as grandezas que Deus dispensou a ele em contraponto à sua pequenez e insignificância.
Falamos muito de entrega em nossos encontros, congressos, eventos, seminários, cultos missonários... Pensamos e nos emocionamos de verdade com o que Cristo passou em nosso lugar, e nos tornamos convictos da necessidade de render a Ele tudo o que há em nós. Nos comportamos como seres inteirados da situação e dispostos a corresponder ao Seu chamado, e, até por um momento ou outro, nos colocamos sim a inteira dispensação do Espírito de Deus.
Falei há alguns tópicos abaixo sobre as mudanças sociais que temos passado, e o quanto nos envolvemos por elas. Acredito que precisamos de renovação, de mudança de pensamento, muitas idéias de ontem não explicam o mundo de hoje. As dúvidas, os medos, o pecado, as inseguranças, estão se consolidando em um apanhado de normalidades sociais. E quanto a nós? Quanto a mim? Eu? Eu quem neste meio?
Somos um universo, somos a imagem e semelhança do Criador, ou pelo menos éramos. Em algum momento, em algum ponto, fomos deformados, o pecado nos deformou, e o processo de reforma é penoso, doloroso e, muitas vezes, confuso. Eu? Eu, quem sou? Eu, o que sou? Eu, em que me formar?
Como então, me ajudem a descobrir, como saber em que nos tornar, em nos formar? Cristo é o alvo, Ele é o Caminho, mas, como atravessar? O que em mim precisa ser retirado? O que há em mim de especial que deve ser preservado e o que não deve ser? O que darei eu ao Senhor?